Esse é o
homem que amo, poucas falas, gestos mansos quando me cobre por todos os lados,
deixando derramadas suas formas de dizer que me ama.
Sentimentos
presos no peito, derramados em vermelho, no quadro pintado, daquilo que não é
mais.
Esse é o meu
amor, que me aquece, não esquece; se pudesse desfaria meus dramas, diariamente
desarrumaria a cama.
Esse é o meu
homem, que me beija e que me ama. Sempre meu e eu não sabia.
Conhece – me frágil,
só, arredia; por tantas vezes vazia.
Um dia se foi
sem, contudo, soltar seu coração: Seu mundo absorto em meus olhos sem
compreender tamanha dimensão.
Tanta
distração na imensidão!
Esse amor
seu, simples, forte no olhar desconhecido que não me deu, me amando
desesperadamente como o mesmo de sempre que um dia me conheceu. Sua entrega
implícita, deixando claro no invisível, indivisível, ao dizer: sou seu homem e
nada mais é mais...
Tudo em nós é
raro, bocas, ventres, corações.
Ele é o meu
amor, trazendo- me de volta para o que nunca deixou de ser. Num grito velado arranca-me dos devaneios
meus.
O homem que
amo: Único, eterno amor meu!
A ele, sempre.
jocMartins